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Viajando à Maceió-AL

quarta-feira, 11 de abril de 2012 | Neyl Santos

Estávamos Eu e a Débora querendo nos inserir nas discussões do setor juventude da arquidiocese, e ficamos sabendo que teria na cidade de Carpina-PE a assembléia regional do Setor. Tentamos articular nossa participação, mas esbarramos no então secretário do setor na arquidiocese que acabou nos enrolando e nos mandando para Maceió, junto com dois diáconos e a esposa de um deles.


Ainda sem entender nada eu e Débora marcamos para encontrar com as figuras na estação de metrô de Tejipió, de onde seguiríamos de carro até a capital Alagoana. O problema inicial foi que marcamos às 11 da manhã, eu, por exemplo, sai de casa as 9h30min e já cheguei na estação com fome. Saímos da plataforma e ficamos na rampa externa da estação. A Débora decidiu ligar para seu noivo e ficamos lá de mochilas e telefones esperando a figura, O detalhe é que o local era esquisito, vimos quando três sujeitos em duas motos passaram apontando Para nós e falando alto, Sem saber o que fazer corremos para o outro lado da estação e as motos vieram atrás, para nossa sorte vinha umas pessoas no sentido contrario o que fez com que as motos passassem por nós apenas com olhares ameaçadores, Continuamos andando, quando eles fizeram uma curva necessária para chegar ao outro lado da estação, voltamos correndo e entramos de volta na estação falamos com o segurança que nos passou por uma passagem interna apenas para funcionários (ele sabia que a situação na localidade é perigosa) E ficamos dentro da estação do outro lado esperando a figura, quando ele chegou “corremos” para o carro onde caímos em gargalhadas.
Saímos de Recife, e no município de Ipojuca-PE paramos num posto para trocar o óleo do carro, já era mais de uma hora da tarde e nós com uma fome desgraçada, compramos um pacote de biscoito ___ de morango, e ficamos saboreando cada novo biscoito que pegávamos do pacote, Quando como visagem aparece aquele senhor que nos dava carona para Maceió, com um pacote de bolachas daquelas que com um cafezinho... Mas que sem café desce do mesmo jeito. Ele sem nem parar passou em nossa frente e disse as seguintes palavras que até hoje doe o estomago ao lembrar: “Vocês não querem não né?!”
Me segurei em minha vontade de só por pirraça aceitar, e continuamos comendo nosso biscoitinho doce que depois deu uma cede...
Chegando a Maceió já escuro (fomos pelo caminho mais longo), Soubemos que se tratava de um encontro de formação do Conselho do Laicato do Regional NE2, na acolhida, um grupo tocava aquelas letras “de Deus” em cima de musicas consagradas, Nós dois ficamos de fora, ainda sem comer nada e sem saber sobre a janta. Tomamos uma decisão que muito doeu posteriormente: Sair para comprar lanche. Explico: Saindo da casa de encontro, encontramos na esquina uma barraquinha toda apagada, de uma senhora que se disse pernambucana, a coitada só tinha 03 pasteis para vender, o valor era R$ 1,50, mas ela gentilmente nos fez por um real. Como não tínhamos dinheiro para pagar o refrigerante, foi no seco mesmo. O Pastel estava horrível, frio e duro, terrível mesmo, mas comemos dizendo está gostoso, o pior é que a mulher acreditou e queria nos vender o ultimo...
Voltamos à casa sorrindo da situação. Mais tarde, finalmente jantamos uma bela sopa. Quanto ao encontro, foi muito bom, tivemos abertura e nos sentimos muito a vontade para nos expressar e até fizemos um momento de oração como costumamos fazer na PJMP.
Tiro como lição desta historia o seguinte: Primeiro, nunca ficar de bobeira em lugar desconhecido. Segundo, As pessoas de nossa igreja ainda não entenderam o verdadeiro sentido comunitário do evangelho. E Terceiro, Quando as coisas estão ruins, elas sempre podem piorar.

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