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Confiando no Inconfiável

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013 | Neyl Santos

Confiando no Inconfiável
Relatos de um drama real


                A PJMP tinha estipulado uma assembléia diocesana, e a data se aproximava. Como tínhamos problemas de articulação entre a comissão diocesana, foi delegada uma comissão de três pessoas para pensar esta assembléia e levar propostas para a CD avaliar. Estavam nessa equipe Valmir, Amanda e Eu.

                Depois de varias tentativas, Valmir me atende no celular e marcamos para sentar na noite do dia seguinte, desligo e ligo imediatamente pra Amanda que aceitou. Retorno pra Valmir e confirmo: Reunião Amanhã as 19h30 no Parque 13 de Maio, centro do Recife.

                Chegou o dia, e de tarde ligo pra Valmir pra falar não sei o quê, mas ele não fala nada sobre a noite. Beleza? Beleza! Até porque tínhamos marcado a reunião um dia antes. Saio de casa apenas com Dois Reais no bolso (O valor exato de uma passagem de Ônibus) e o pensamento de que como de costume o Valmir me traria de moto da reunião. Apanho o ônibus e estou eu, ouvindo Cordel do Fogo encantado no celular quando o telefone toca, era 18h50 e a Amanda já estava no local da reunião, ela tinha entendido 19h, falei do mal entendido e que estava a caminho. Aí sem nenhuma pretensão pergunto pelo Valmir. Ela responde que ele não vai porque o seu filho está doente. Tento manter a calma, enquanto minha cabeça tenda digerir aquela informação. E AGORA COMO VOLTAR? Ligo pra ele que confirma a historia e diz que não vai. Ligo pra Amanda e esta me diz que só foi pra cidade naquela noite para esta reunião. Ao ouvir isto, de imediato não achei justo dizer que ela voltasse pra casa, até porque, nosso prazo estava acabando. Ligo novamente pra Valmir e explico a situação com meias palavras. O ônibus estava cheio e eu não queria passar a vergonha de falar abertamente que estava sem dinheiro até pra pagar outra passagem. Lembro que disse apenas que ele teria que me buscar porque cofiei nele. Ele disse pra eu pedir dois reais para a Amanda e se ela não tivesse ligasse pra ele. Pra sorte dele (e minha também) ao chegar no parque expliquei os fatos a Amanda que me emprestou o dinheiro da passagem de volta. Tivemos uma reunião produtiva e eu nunca devolvi aquele dinheiro à companheira.

                Moral da história? Nunca confiar em Valmir

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